Atualmente existe uma escassez de opções medicamentosas para o grupo da insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção (FE) preservada. Inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT-2) são medicações eficientes para diabetes e provou-se ser oportuno em pacientes com IC de FE reduzida, sendo seu efeito no grupo de FE preservada desconhecido até então.
Nesta pesquisa 5988 pacientes de 23 países foram acompanhados por 3 anos. Metade do grupo em uso de empagliflozin e metade em uso de placebo, ambos grupos com essas medicações em conjunto com a terapia habitual de insuficiência cardíaca. Observou-se que 407 indivíduos do grupo de empagliflozin necessitou de hospitalizações por IC, comparado aos 541 indivíduos do grupo placebo, assim tendo uma redução de risco de 21% de hospitalizações por IC.
O efeito do empagliflozin foi consistente tanto em pacientes diabéticos quanto não diabéticos. Foi analisada também uma redução de 29% do risco de morte cardiovascular nos indivíduos com IC de FE preservada. Eventos adversos ocorreram em 47,5% dos indivíduos em uso do empagliflozin (19,1% necessitaram parar a medicação) e em 51,6% dos que receberam placebo (18,4% precisaram descontinuar tratamento). No entanto, infecções genito-urinárias não complicadas e hipotensão foram mais comuns nos pacientes que tomaram empagliflozin.
A conclusão do estudo é que o empagliflozin reduz o risco de morte cardiovascular e de risco de hospitalizações por IC nos pacientes com IC de FE preservada, não importando se possuem diabetes ou não.
Fonte: UpToDate
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