A videolaringoscopia é uma ferramenta que pode otimizar a visualização da via aérea durante a intubação, no entanto, a sua superioridade em relação à laringoscopia direta ainda permanece uma dúvida. Nesse contexto, o estudo DEVICE realizado em emergências dos Estados Unidos buscou comparar essas duas metodologias.
Metodologia
Estudo multicêntrico, randomizado, realizado em 17 departamentos de emergência e UTIs americanos. O desfecho primário foi o sucesso da intubação na primeira tentativa entre o grupo intubado por laringoscopia direta e o grupo por videolaringoscopia.
Os desfechos secundários analisados foram complicações graves associadas ao procedimento (hipoxemia grave, hipotensão grave, uso ou aumento de dose de vasopressor, PCR ou morte).
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Resultados
O estudo foi interrompido em sua análise primária com 1417 pacientes randomizados, devido a maior taxa de sucesso no grupo videolaringoscopia (85,1% vs. 70,8%, diferença absoluta de risco 14,3%, IC 95%, 9,9 - 18,7, p < 0,001). Os procedimentos foram realizados por residentes ou médicos emergencistas e os operadores tinham algum nível de experiência em uso de videolaringoscópio.
Os índices de complicações graves foram semelhantes entre os grupos - 151 pacientes (21.4%) no grupo videolaringoscopia e 149 pacientes (20.9%) no grupo de laringoscopia direta.
Conclusão
Esse estudo confirma a suposição de que, quando disponível, o uso de videolaringoscopia deve ser encorajado e médicos devem ser treinados para o seu uso, devido ao maior índice de sucesso na intubação de pacientes críticos, levando a um menor número de complicações durante o procedimento.
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FONTE:
- Video versus Direct Laryngoscopy for Tracheal Intubation of Critically Ill Adults. DOI: 10.1056/NEJMoa2301601
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