Dermatologia
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Classificação das lesões elementares da pele

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Equipe medclub
Publicado em
22/12/2023
 · 
Atualizado em
27/12/2023
Índice

O reconhecimento das principais lesões elementares de pele e suas manifestações desempenham um papel crucial na prática clínica, fornecendo as ferramentas necessárias para diagnosticar uma variedade de condições cutâneas. Isso porque a compreensão das lesões elementares da pele constitui a base para a identificação e classificação de diversas patologias.

O que são as lesões elementares da pele?

As lesões elementares são causadas por modificações na pele devido a processos inflamatórios, degenerativos e circulatórios. Bem como processos neoplásicos, transtornos do metabolismo e defeitos de formação do tegumento. Assim, para avaliá-las, utiliza-se a inspeção e a palpação, bem como uma lupa para ampliar a visualização da superfície da pele.

Dermatoscópio, a “lupa” da dermatologia, utilizado para avaliação da pele. Fonte: Clínica de Dermatologia Dulciclea Ferraz
Dermatoscópio, a “lupa” da dermatologia, utilizado para avaliação da pele. Fonte: Clínica de Dermatologia Dulciclea Ferraz

Como são classificadas?

As lesões elementares da pele podem ser classificadas em: alterações de cor, elevações edematosas, formações sólidas e coleções líquidas. E mais, em alterações de espessura e perda e reparações teciduais.

Alterações de cor

As alterações de cor são evidenciadas através das máculas ou manchas, definidas pela presença de uma área circunscrita, de coloração diferente da pele normal, no mesmo plano do tegumento e sem alterações em sua superfície. Essas podem ser classificadas em pigmentares, vasculares ou hemorrágicas. E ainda, em depósitos de pigmentos orgânicos e exógenos.

Máculas pigmentares

Representação da mácula hipercrômica. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Representação da mácula hipercrômica. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

As máculas são definidas como pigmentares quando decorrem de alterações da melanina. Assim, podem ser classificadas em hipocrômicas e/ou acrômicas, caracterizadas pela diminuição e/ou ausência de melanina, ou hipercrômicas, decorrentes do aumento da melanina.

Representação da mácula acrômica. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Representação da mácula acrômica. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

As máculas hipocrômicas/acrômicas podem estar presentes em doenças como o vitiligo, a pitiríase alba e a hanseníase. Ou ainda, em doenças congênitas, como o nevo acrômico e o albinismo. Já as máculas hipercrômicas podem estar presentes em processos de cicatrização, em manchas hipercrômicas devido a estase venosa nos membros inferiores e na melanose senil.

Observe na imagem A, a presença de mácula hipocrômica, em paciente com pitiríase. A imagem B mostra máculas acrômicas, em pacientes com vitiligo. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Observe na imagem A, a presença de mácula hipocrômica, em paciente com pitiríase. A imagem B mostra máculas acrômicas, em pacientes com vitiligo. Fonte: Semiologia Médica, 2021

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Máculas vasculares

As máculas vasculares decorrem de distúrbios da microcirculação do tegumento. Diferentemente das manchas hemorrágicas, desaparecem com a compressão da região com polpa digital (digitopressão). Para mais, essas são subdivididas em telangiectasias e em manchas eritematosas ou hiperêmicas.

Telangiectasias

As telangiectasias são caracterizadas pela dilatação dos vasos terminais: arteríolas, vênulas e capilares. Aquelas venocapilares são comumente visualizadas nos membros inferiores de pacientes do sexo feminino, sendo denominadas de microvarizes. Entretanto, também podem ser visualizadas em pessoas idosas.

Observe a telangiectasia em pele senil. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Observe a telangiectasia em pele senil. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Para mais, as aranhas vasculares, outro tipo de telangiectasia, são comumente localizadas no tronco, e são observadas na cirrose hepática.

Aranha vascular. Fonte: Tua Saúde 
Aranha vascular. Fonte: Tua Saúde 
Mancha eritematosa

Já a mancha eritematosa é uma das lesões elementares da pele mais visualizadas na prática médica. Tem coloração vermelho-rósea e, assim como outras lesões vasculares, desaparecem com a digitopressão. Para mais, as máculas hiperêmicas apresentam diversas conformações: podem ser esparsas ou confluentes e apresentam tamanho diversos.

Além disso, podem vir em conjunto com outras lesões, como pápulas, vesículas e bolhas. Assim, surgem em conjunto com as doenças exantemáticas (rubéola, sarampo, varicela), na escarlatina e na sífilis. E ainda, na doença reumática, nas septicemias e nas alergias cutâneas. Observe a imagem abaixo.

 

Manchas eritematosas. Observe o polimorfismo dessas lesões. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Manchas eritematosas. Observe o polimorfismo dessas lesões. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Máculas hemorrágicas

As lesões hemorrágicas, diferentemente das lesões vasculares, não desaparecem com a digitopressão. Isso porque elas decorrem da presença de sangue extravasado dos vasos. Assim, são classificadas de acordo com seu formato e tamanho em petéquias, víbices e equimoses.

Dessa forma, as petéquias são caracterizadas por manchas puntiformes com até 1 cm de diâmetro. Já as víbices tem formato de linha, e as equimoses são placas maiores que 1 cm de diâmetro. Para mais, a coloração das manchas hemorrágicas varia de vermelho-arroxeada a amarela, de acordo com o tempo de evolução da lesão.

Representação das máculas hemorrágicas. A: petéquias. B: Víbices. C: equimoses. 
Representação das máculas hemorrágicas. A: petéquias. B: Víbices. C: equimoses. 

Para mais, elas são comumente causadas por traumatismos e, quando esse produz uma elevação da pele, recebe o nome de hematoma. E mais, esses tipos de manchas também podem ser causadas por alterações capilares e discrasias sanguíneas e, nessas condições, recebe o nome de púrpura.

Na imagem da esquerda, observam-se petéquias. Na da direita, equimoses. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Na imagem da esquerda, observam-se petéquias. Na da direita, equimoses. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Depósitos de pigmentos orgânicos e exógenos

Os depósitos de pigmento podem surgir devido a deposição de hemossiderina, bilirrubina (icterícia) e do pigmento caroteno, decorrente da ingestão excessiva de alimentos com esse elemento, como o mamão ou a cenoura. Ou ainda, de corpos estranhos (tatuagem) e pigmentos metálicos (prata, bismuto).

Deposição de bilirrubina no tegumento, provocando a icterícia. Fonte: MSD Manuals
Deposição de bilirrubina no tegumento, provocando a icterícia. Fonte: MSD Manuals

Elevações edematosas

As elevações edematosas são decorrentes de edema na derme ou hipoderme. A principal representante é a urticária, caracterizada por ser uma formação sólida, uniforme, de formato variável - arredondada, ovalada ou irregular – e em geral eritematosa. Além disso, é sempre pruriginosa

Urticária. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Urticária. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Formações sólidas

As formações sólidas correspondem às pápulas, tubérculos e nódulos. E mais, as nodosidades, as gomas e as vegetações.

Pápulas

Pápulas. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Pápulas. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

As pápulas são lesões sólidas, de tamanho inferior a 1 cm de diâmetro, superficiais e bem delimitadas. Assim, diferem das petéquias justamente por seu componente de elevação sólida na pele. Podem apresentar diversas morfologias: puntiformes, lenticulares e coalescentes. 

E mais, as pápulas podem ter diversas colorações, variando desde a coloração da pele normal até de cor rósea, castanha ou arroxeada. Além disso, diversas lesões de pele são manifestadas através das pápulas, como: picadas de inseto, leishmaniose, verrugas e erupções medicamentosas. E mais, acne, hanseníase e blastomicoses.

Tubérculos

Tubérculo. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Tubérculo. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Os tubérculos são elevações sólidas, circunscritas e com diâmetro > 1 cm. Estão localizados na derme, e apresentam consistência firme ou mole. Além disso, a pele adjacente pode apresentar coloração normal, bem como coloração eritematosa, acastanhada ou amarelada. Os tubérculos são característicos de diversas doenças, como a sífilis, tuberculose, hanseníase, sarcoidose e tumores.

Nódulos, nodosidade e goma

Nódulos. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Nódulos. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Os nódulos, a nodosidade e a goma são formações sólidas com origem na hipoderme, sendo mais perceptíveis na palpação do que na inspeção. Quando apresentam tamanho pequeno, são denominados nódulos e, quando mais volumosos, nodosidades. Já as gomas são nodosidades com característica de amolecimento e presença de ulcerações com eliminação de substâncias semissólidas.

Vegetações

Representação das vegetações. Fonte: Manual da Dermatologia, 2019
Representação das vegetações. Fonte: Manual da Dermatologia, 2019

As vegetações são lesões sólidas, em aspecto de “couve-flor”, de consistência mole. Entretanto, quando a camada córnea da pele é mais espessa, a lesão comumente apresenta-se como de consistência endurecida, sendo denominada de verrucosidade. Para mais, são exemplos de dermatoses por vegetações as verrugas, a sífilis, a leishmaniose e o condiloma acuminado. E mais, neoplasias e o granuloma venéreo.

Vegetação devido a carcinoma espinocelular. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Vegetação devido a carcinoma espinocelular. Fonte: Semiologia Médica, 2021

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Coleções líquidas

As coleções líquidas podem ser classificadas em bolhas, vesículas, pústulas, abcessos ou hematomas. 

Vesícula e pústula

A vesícula é definida como uma elevação circunscrita com líquido em seu interior, apresentando diâmetro maior ou igual a 1 cm. Já a pústula é definida como uma vesícula com líquido purulento em seu interior

Bolha

Vesículas e bolhas. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Vesículas e bolhas. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Já a bolha é também definida como uma elevação circunscrita da pele com líquido em seu interior, entretanto, difere da vesícula por apresentar diâmetro > 1 cm. O líquido em seu interior pode ser de coloração clara, turvo-amarelado (purulento) ou vermelho-escuro (hemorrágico). E mais, pode ser evidenciada em queimaduras, alergias medicamentosas e no pênfigo foliáceo. 

Abscesso (furúnculo). Fonte: Semiologia Médica, 2021
Abscesso (furúnculo). Fonte: Semiologia Médica, 2021

Para mais, os abcessos são coleções purulentas, proeminentes e circunscritas. Apresentam tamanhos variáveis, são comumente flutuantes, e estão localizados na hipoderme ou no subcutâneo. Por fim, o hematoma é uma formação circunscrita, de tamanho variado, decorrente do extravasamento de sangue na pele ou tecidos subjacentes.

Lesões de pele e suas representações. Imagem A: corresponde a vesículas; imagem B: bolhas e imagem C: pústulas. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Lesões de pele e suas representações. Imagem A: corresponde a vesículas; imagem B: bolhas e imagem C: pústulas. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Alterações de espessura

As alterações de espessura correspondem à queratose, ao espessamento ou infiltração e à liquenificação. E mais, a esclerose, o edema e as atrofias. 

Queratose

Queratose. Fonte: Manual da Dermatologia, 2019
Queratose. Fonte: Manual da Dermatologia, 2019

A queratose decorre do espessamento da camada córnea, e é definida como uma modificação circunscrita ou difusa na espessura da pele, tornando-a mais consistente, dura e inelástica. Sendo o exemplo mais comum da queratose o calo. Observe a imagem e a representação abaixo.

Espessamento

Infiltração da pele na hanseníase virchowiana. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Infiltração da pele na hanseníase virchowiana. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Já o espessamento ou infiltração é caracterizada por um aumento da consistência e espessura da pele, com menor evidência dos sulcos do tegumento e limites imprecisos. Entretanto, a lesão se mantém depressível. O exemplo mais típico é a hanseníase virchowiana.

Liquenificação

Representação da liquenificação. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019.
Representação da liquenificação. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019.

Já a liquenificação é uma lesão elementar da pele caracterizada pelo espessamento da pele e das estrias, tornando a pele com coloração marrom-escura. Essa lesão promove a impressão de que a pele está sendo vista através da uma lupa, e é comumente visualizada em eczemas liquenificados e em áreas sujeitas a coçaduras constantes.

Liquenificação. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Liquenificação. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Esclerose, atrofia e edema

A esclerose decorre do aumento da consistência da pele, tornando-a mais firme e aderente aos planos profundos. Consequentemente, há dificuldade em preguear a pele entre os dedos. Assim, a esclerose tem como principal representante a esclerodermia

Já o edema é caracterizado pelo acúmulo de líquido no espaço intersticial, promovendo um aspecto liso e brilhante na pele. Por fim, a atrofia é caracterizada pelo adelgaçamento da pele, tornando-a fina, lisa, translúcida e pregueada. É comum em indivíduos idosos, na atrofia senil.

Edema. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Edema. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

Perdas e reparações teciduais

As perdas e reparações teciduais são caracterizadas por lesões devido à eliminação ou destruição patológica e reparação do tegumento. Seus representantes são a escama, a erosão ou exulceração e as fissuras. E mais, a crosta, a escara e a cicatriz. 

Escamas

Na imagem A: observam-se escamas devido a alergia medicamentosa. Na imagem B: eritrodermia. Na imagem C: representação esquemática das escamas. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Na imagem A: observam-se escamas devido a alergia medicamentosa. Na imagem B: eritrodermia. Na imagem C: representação esquemática das escamas. Fonte: Semiologia Médica, 2021

As escamas são lâminas de tecido epidérmico seco, que se desprendem da superfície cutânea. Quando descamam em formato de farelo, são denominados furfuráceas e, quando descamam em aspecto de tiras, em escamas laminares ou foliáceas. Diversos acometimentos na pele podem se manifestar com escamas, como a pitiríase versicolor, a psoríase e as queimaduras de pele por raios solares.

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Erosão

Já a erosão ou exulceração é caracterizada pelo desaparecimento da parte mais superficial do tegumento, assim, é acometida apenas a epiderme. Quando decorre de traumas, é denominada escoriação e, quando não traumática, pode ocorrer devido a ruptura de bolhas, vesículas e pústulas. E mais, após a regeneração, não deixam cicatrizes.

Exulceração. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Exulceração. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Úlceras

Úlcera. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Úlcera. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

As úlceras são caracterizadas pela perda delimitada de camadas do tegumento, atingindo a pele e a derme. Assim, diferencia-se das escoriações devido ao acometimento da derme, bem como por deixar cicatrizes. Para mais, são exemplos de ulcerações a úlcera crônicas, as neoplasias e a leishmaniose

Fissuras

As fissuras são caracterizadas pela perda linear, superficial ou profunda da derme e epiderme, que não é causada por instrumento cortante. É mais comumente situada em locais de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais. Observe a imagem e a representação abaixo.

Fissuras. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Fissuras. Fonte: Semiologia Médica, 2021

Crostas

Crostas. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019
Crostas. Fonte: Manual de Dermatologia, 2019

As crostas são caracterizadas pela formação proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou mista, em locais previamente lesados na pele. São encontradas nas fases finais de processos de cicatrização, pênfigo foliáceo, eczemas e no impetigo.

Escara

Escara. Fonte: Semiologia Médica, 2021
Escara. Fonte: Semiologia Médica, 2021

A escara é a porção final de tecido cutâneo necrosado, e decorre da fricção e cisalhamento desse tecido. A área com escara é insensível, de coloração escura, e é separada de tecidos sadios por sulcos. Apresenta tamanhos muito variáveis, sendo mais comum em pacientes idosos ou imobilizados.

Cicatriz

Já a cicatriz é um tipo de lesão elementar de pele que corresponde a reposição de tecidos destruídos por tecido fibroso. Apresenta formatos muito variáveis, podendo ter coloração róseo-claras, avermelhada ou escura. Além disso, pode ser deprimida ou exuberante, sendo essa última representada pela cicatriz hipertrófica e pela quelóide.

Diferenças entre a cicatriz queloide e a hipertrófica. Fonte: Dr. Renato Fusaro 
Diferenças entre a cicatriz queloide e a hipertrófica. Fonte: Dr. Renato Fusaro 

Conclusão

Em conclusão, a habilidade de reconhecer e classificar as lesões elementares da pele é um pilar fundamental para a prática clínica eficaz. O estudo aprofundado dessas manifestações cutâneas proporciona aos estudantes de medicina e médicos uma base sólida para a compreensão das condições dermatológicas.

Leia mais:

FONTES:

  • PORTO, C. C. Semiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
  • NETO, C. F., CUCÉ, L. C., REIS, V. M. S. Manual de Dermatologia. Barueri [SP]: Manole, 2019.

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