O relato de caso divulgado pela Sociedade Brasileira do Estudo da Dor fala sobre um novo protocolo de intervenção para reduzir a intensidade da dor na cefaleia crônica. Até o momento, não há consenso sobre o melhor tratamento para cada tipo de cefaleia, principalmente um tratamento que leve em consideração as queixas individuais. Esse relato de caso propôs o uso do protocolo ao longo de 12 semanas de intervenção. Tal fato apresentou efeitos positivos na redução da dor, mas também trouxe fatores que dificultaram o tratamento dos pacientes, como a automedicação.
Objetivos do relato de caso
Nesse sentido, o principal objetivo das recomendações de intervenções foi a melhora da dor. O segundo objetivo foi demonstrar a obtenção dessa melhora por meio do protocolo interdisciplinar.
Resultados
O protocolo consiste, primariamente, na multidisciplinaridade, com a presença da nutrição, do exercício físico e hospitalar e fora dele com as indicações de: dry needling e fotobioestimulação. Os efeitos do tratamento foram observados na primeira semana e ao longo das 12 semanas seguintes.
O foco da abordagem nutricional foi prover uma dieta balanceada e a eliminação dos alimentos que potencialmente pioram o quadro álgico. No caso da paciente em questão, foram excluídos da sua dieta queijo, chocolate, frutas cítricas, álcool, café, carboidratos ruins e produtos industrializados.
Outra avaliação da efetividade dessa técnica apresentou resultados clínicos contra a dor em pacientes com cefaleia primária, apesar das evidências inconclusivas. O acompanhamento psicológico também foi realizado, e teve como objetivo reduzir a frequência dos episódios de dor, além de minimizar os fatores emocionais, ajudando a paciente a conviver com as crises do melhor modo possível.
Por fim, o protocolo apresentado no relato de caso, mostrou resultados extremamente satisfatórios na melhora da dor provocada pela cefaleia crônica. Ele foi realizado sem intercorrência ao longo das 12 semanas de intervenção e permitiu que a paciente mantivesse uma prática regular de exercícios físicos após a alta, mantendo os resultados obtidos por pelo menos 12 semanas após a intervenção, quando foi reavaliada.
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FONTE:
- Protocolo multimodal para tratamento de cefaleia crônica. Relato de caso. Sociedade Brasileira do Estudo da Dor. São Paulo, 2022 out-dez; 5(4): 409-13
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