A depressão está ficando cada vez mais prevalente na população e seu manejo está sendo efetuado na atenção primária. Muitos dos pacientes que tiveram pelo menos 2 episódios depressivos na vida estão em tratamento por longos períodos (mais de 2 anos) e surge o questionamento se as medicações antidepressivas continuam sendo necessárias por tanto tempo.
A pesquisa foi feita em 4 cidades do Reino Unido, onde pacientes que estavam em uso de antidepressivos por mais de 8 meses e se sentiam confortáveis em parar a medicação, foram randomizados para verificar a real necessidade da continuação desses remédios.
Os antidepressivos utilizados pelos pacientes no estudo foram o citalopram (75% dos indivíduos), sertralina, fluoxetina e mirtazopina; pacientes que estavam em uso de outros antidepressivos, que possuem maior tendência a gerar sintomas de abstinência com sua descontinuação, foram excluídos do estudo, assim como os pacientes com sintomas depressivos em curso. Dos 478 indivíduos restantes, metade continuou com a medicação efetiva e metade utilizou placebo.
Após 1 ano, observou-se que 39% do grupo que manteve a medicação teve alguma recaída da depressão, em comparação com 56% do grupo que estava em uso do placebo.
Nessas recaídas, os pacientes do grupo placebo tiveram sintomas depressivos e de ansiedade mais intensos e frequentes que os do grupo que mante os antidepressivos. Após o período de 52 semanas, 40% dos pacientes do grupo placebo retornaram ao tratamento real, por recomendação médica.
Fonte: UpToDate
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