O estudo “Comparison between pressure support ventilation and T-piece in spontaneous breathing trials” avaliou duas estratégias (suporte ventilatório com parâmetros baixos e o tubo T) de desmame da ventilação mecânica em pacientes com alto risco de falha na extubação.
Todo paciente intubado há mais de 24h deve ser constantemente avaliado para o desmame de ventilação mecânica. Para que ele seja considerado apto deve ter alguns critérios preenchidos como:
- Melhora da causa que levou à intubação
- Presença de Drive respiratório
- Oxigenação adequada com baixa FiO2 (< 40%) e PEEP < 5 cmH2O
- pH arterial > 7,25
- Estabilidade hemodinâmica - doses baixas de DVA, tendo em vista que doses > 0,1 mg/kg/min de noradrenalina são relacionadas com maiores falhas na extubação
Em pacientes que preenchem estes critérios, são realizados testes de respiração espontânea, para avaliar a capacidade do paciente respirar por conta própria. Os métodos mais utilizados são o suporte ventilatório com parâmetros baixos e o tubo T. Não há concordância na literatura quanto ao melhor método de desmame.
O tubo T consiste em retirar o paciente do suporte ventilatório e acoplar uma peça em T, com uma das vias para a fonte de O2 e a outra para o ar ambiente. Enquanto os parâmetros baixos são realizados em PSV (ventilação com pressão de suporte) com parâmetros baixos.
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Como foi realizado o estudo sobre o desmame da ventilação mecânica?
O estudo foi um ensaio randomizado, não cego em um hospital na Coreia do Sul. Foram incluídos 787 pacientes, inclusive aqueles intubados há mais de 24 horas, divididos em dois grupos (grupo PSV e grupo tubo T). O desfecho primário foi o tempo livre de ventilação mecânica em 28 dias
O que o estudo trouxe de novo?
O número de dias livres de ventilação mecânica não diferiu entre os grupos, o risco de reintubação em 7 dias também não teve diferença significativa. A taxa de falha na extubação foi de 13% a 15%.
Conclusão
Não houve diferença significativa entre os dois grupos, no entanto a PSV tem a vantagem de manter melhor monitorização do paciente, o que pode ser vantajoso em cenários com muitos pacientes para poucos profissionais, além de parecer encurtar o processo de desmame da ventilação mecânica.
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FONTE:
- NA, Soo Jin et al. Comparison between pressure support ventilation and T-piece in spontaneous breathing trials. Respiratory Research, v. 23, n. 1, p. 22, 2022.
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