Por: Marcela Ramos
Diferentemente de todos os outros artigos publicados recentemente por aqui, este propõe estruturar uma pesquisa acerca dos probióticos que contêm múltiplas espécies e ver sua associação na possibilidade de redução da diarreia associada aos antibióticos em crianças. Isso mesmo, aqui não temos um artigo com resultados que comprovam a eficácia de um probiótico com múltiplas espécies, mas um protocolo de como realizar e porque realizar esse estudo.
É sabido que os antibióticos são conhecidos pelas alterações gastrointestinais que podem causar durante o seu uso, principalmente na faixa pediátrica. O mecanismo completo não é conhecido, mas acredita-se que há uma mudança na microbiota intestinal que pode ser ajustada ao uso de probióticos. Diante dessa perspectiva, este estudo foi pensado para avaliar o uso de um probiótico com múltiplas espécies, já que cada uma das espécies tem seu efeito específico.
Como o estudo deve ser feito?
A proposta do protocolo é a realização de um estudo randomizado, duplo-cego, com grupo placebo e grupo controle. Os dois grupos irão receber um comprimido que possui sabor, cor e cheiro iguais para que não sejam geradas dúvidas. E todos os pacientes farão uma entrevista para avaliação dos resultados.
O que se espera com a utilização do protocolo?
Como resultados, o protocolo busca definir o tipo de diarreia associada ao antibiótico, ou seja, aquela diarreia com 3 ou mais episódios no dia com presença de fezes amolecidas, em 24 horas causada pelo Clostridium difficile ou por uma causa não determinada.
Além disso, entram na definição: o tempo de diarreia, a associação com o C. difificile, se houve descontinuação do antibiótico, necessidade de hospitalização ou hidratação endovenosa, se houve efeitos adversos e, também, qual a composição da microbiota intestinal.
Por fim, o estudo será realizado de acordo com esse protocolo, e nenhuma mudança é esperada depois do seu início. Quando o tópico for danos aos pacientes é válido lembrar que todas as espécies deste estudo são liberadas pela European Food Safety Authority, e a ocorrência de algum efeito adverso em pacientes imunocompetentes durante essa pesquisa é praticamente improvável, caso seja suspeitado um evento adverso sério será imediatamente informado ao Comitê de Ética da Universidade Médica de Warsaw, que já foi aprovou esse protocolo inicial.
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