O artigo científico da Sociedade Brasileira de Pediatria, divulgado em abril de 2017, tem por objetivo recomendar o uso do instrumento de triagem de indicadores do transtorno do espectro autista (TEA), para os pediatras e os profissionais de saúde que trabalham com crianças da primeira infância. Esse instrumento é o M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers), o qual só foi traduzido para o português em 2008
Um fato interessante trazido pelo artigo foi que com a precocidade do diagnóstico do autismo e a rápida introdução do tratamento, os resultados poderiam ser mais expressivos. Por isso, o texto volta a abordar a necessidade de que os pediatras já comecem a ligar o alerta para aqueles pacientes que apresentarem os seguintes comportamentos: atraso do sorriso social, não sustentação do olhar ou é ausente, preferência por dormir sozinho a ser ninado no colo, ausência da ansiedade de separação dos pais, entre outros pontos.
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O que é o M-CHAT: instrumento de triagem para a identificação do transtorno do espectro autista?
No que tange a definição do transtorno do espectro autista, pode-se caracterizar pela presença de déficits e dificuldade na interação social e comunicação, associado a atividades e interesses restritos e circunscritos. Ainda segundo o artigo científico, foi pontuado que nos EUA, a prevalência em 2017 era de 1:68, enquanto que no mundo era 1:100 casos.
No entanto, relembra que só a partir dos 18 meses que os traços do autismo começam a ficar mais evidentes. E por isso, além do fato do autismo ser um espectro, a Academia Americana de Pediatria sugere que todas as crianças entre 18 e 24 meses sejam submetidas a esse teste de triagem M-CHAT.
O M-CHAT é uma escala auto-explicativa, que contém 23 perguntas a serem respondidas pelos pais ou cuidadores durante a consulta pediátrica. O artigo nos relembra que o M-CHAT não configura uma escala diagnóstica e apenas de triagem e suspeição para que dessa forma o paciente seja melhor direcionado caso necessite de um acompanhamento mais aprofundado. Portanto, essa escala serve para gerar desconfiança no pediatria. E é sempre preciso lembrar que não é porque o resultado na triagem foi de alta suspeição que a criança será autista e vice-versa.
Por fim, foi abordada também a necessidade do início precoce do tratamento com suas diversas terapias adjuvantes, levando a maiores chances de uma trajetória do seu desenvolvimento otimizada para o paciente.
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FONTE:
- Triagem precoce para o TEA. Artigo Científico. Sociedade Brasileira de Pediatria. Abril, 2017
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